domingo, 14 de dezembro de 2008

68. PAZ E BEM

PAZ E BEM
Margaret Pelicano

"O melhor da festa é esperar por ela", disse sempre minha mãe.
A psicologia, geralmente aponta as mães, como as geradoras dos conflitos dos filhos. Eu discordo veementemente, não só por que sou mãe, mas em sendo, percebo que muito do que erramos tem motivos ancestrais, vivencias pessoais que faz com que elas tanto errem quanto acertem, seres humanos que são. Demais a mais, elas acertam muito, uma vez que nos ensinam tudo.
Tenho uma amiga que ao ser repreendida pela mãe certa vez, retrucou e e genitora disse a seguinte frase: - 'Fulana, mãe é uma só', ou que ela respondeu: 'Graças a Deus, mais de uma eu não aguentaria'...Brincadeiras à parte, minha proteção está no que aprendi com minha mãe: o medo na dose certa, a coragem também, a formação do caráter honesto, a proteção aos filhos, o amor, e um sem número de interesses mais.
No entanto, estou aqui para falar de festa. Os preparativos dela me encantam, principalmente no Natal. Aos poucos as lojas vão se enfeitando e a casa da gente, idem. Músicas natalinas são ouvidas e exigidas nos eventos de Natal. As pessoas sorriem mais, ficam mais gentis, algumas se preparam para as doações anuais: presentes para asilos, creches, shows cuja entrada são quilos de alimento, e por aí vai. Pelo menos uma vez no Ano, Jesus consegue o milagre da modificação humana. Temporária sim, mas com algum sucesso.
Os homens se multiplicaram em número, mas devem ao aniversariante a multiplicação da humanidade íntima. Os sonhos continuam individuais e não coletivos. Viagens, passeios, férias, festas, cada vez mais privativos. Mas se a festa do aniversário do homem mais famoso dos últimos tempos implica no coletivo, eu deixo de entender os festejos. Não seria o caso de se fechar uma rua e os vizinhos se confraternizarem, fazendo antes suas orações e depois compartilharem com humildade o pão? Não seria o caso de cada líder, de cada associação de cada prefeito, entusiasmado pelo bem, recolher com seus funcionários doações para as necessidades dos outros? Isto sem falar da iniciativa de cada um.
É isto o que Jesus espera de nós: na época do advento, cada um já preparar o seu presente para o desconhecido, alimentando-o, aquecendo-o, medicando-o nas necessidades inerentes ao corpo, e, o carinho do espírito. Lembrem-se, 'o melhor da festa é esperar por ela'. Abração fraterno, um Natal de Paz de Espírito, um Ano Novo com a consciência renovada pelo bem praticado.

Brasíli - 14/12/2008


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